O sabor dos alimentos está totalmente ligado aos sentidos do corpo humano
“Nossa, que comida bonita, dá até vontade de comer!”
“Só de escutar esse barulhinho de pipoca estourando na panela já fico com água na boca”.
“Esse cheiro de café é até mais gostoso que o sabor”.
Essas são algumas frases que costumamos dizer com certa frequência com relação a alimentos. Mas, vocês já pararam para pensar que as percepções realmente influenciam no gosto do que comemos?
“Primeiramente a gente come com os olhos. Isso é fato: se o alimento está bonito, consequentemente temos vontade de comer. E isso começa no supermercado e termina na mesa: atualmente os grandes chefs fazem uma releitura de alguns pratos e os apresentam de forma diferenciada para provocarem o paladar das pessoas”, explica Gumercindo Silva, engenheiro de alimentos e presidente da Abea (Associação Brasileira de Engenharia de Alimentos). “Depois, nossos outros sentidos se aguçam para provocar a vontade ou não de comer”, complementa Silva.
Isso acontece porque o que o cérebro percebe como sabor é uma combinação de três sentidos: paladar, visão e olfato. A percepção do sabor depende de células sensoriais, localizadas junto às papilas gustativas, que nos permitem distinguir qualidades como temperatura e intensidade do tempero. Porém, fatores externos podem nos confundir ou nos ajudar nesse processo.
“Se estamos gripados, por exemplo, a comida fica sem sabor. Isso porque o nosso olfato está prejudicado e a influência deste sentido no sabor é imensa. Outro exemplo relacionado a isso é a crocância. Experimentem tampar os ouvidos ao mastigarem um amendoim: sem escutar o barulho referente à quebra, o mesmo parecerá murcho”, afirma o engenheiro de alimentos.
